Por que os planejamentos fracassam miseravelmente?

Para qualquer negócio, o planejamento é uma necessidade. É a chave por meio da qual uma empresa consegue se projetar no futuro de modo cuidadoso e responsável, em vez de simplesmente reagir ao mercado no improviso.

E levando-se em consideração o mercado acelerado de hoje, o planejamento estratégico ajuda os líderes da empresa a manter sua sanidade, além de construir uma empresa com base nos valores que mais importam para eles.

Entretanto, pesquisas vêm mostrando que muitos executivos estão insatisfeitos com os resultados que vêm obtendo com este tipo de estratégia. Para ser mais exato, mais de 50 por cento dos executivos dizem que estão insatisfeitos com seu processo de planejamento estratégico no momento.

Então, apesar deles compreenderem a importância do planejamento para seus negócios, não estão conseguindo perceber totalmente os benefícios que esperavam obter com ele.

E isso acaba por acarretar certa negligência em relação ao processo de planejamento estratégico em toda a organização, o que resulta em uma falta de responsabilidade e de clareza contínua em termos da estratégia da empresa.

Desse modo o planejamento perde sua função essencial, que seria de preparar a empresa otimizando suas ações, e se torna apenas um modismo, um fazer por fazer desprovido de objetivos realista, recursos e foco.

Assim o que poderia ser um exercício dinâmico (e ter um grande impacto no sucesso futuro da organização) se torna algo que é simplesmente tolerado.

E quando isso acontece, as pessoas sentem que estão apenas assistindo a mais uma reunião chata e previsível, elas não estão engajadas, nem criativas, nem inovadoras.

Para evitar que isso aconteça com sua empresa, nós preparamos este post com dicas de como se prevenir de planejamentos ineficazes capazes de adoecer seu empreendimento.

Como realizar um planejamento bem sucedido?

Com certeza você já entendeu que um planejamento mal elaborado pode ser tão nocivo quanto nenhum planejamento. Sendo assim, como posso realizar um planejamento bem sucedido?

A chave para fazer o planejamento estratégico funcionar é pensá-lo como sendo três fases distintas, mas interdependentes.

A primeira fase é o “pensamento intuitivo” a qual é imbricada de questões de cunho afetivo, pois está relacionada aos valores da organização. Esta primeira fase responde às questões maiores, como:

● Por que estamos no mercado?

● Quem são nossos clientes?

● O que eles querem de nós?

● O que eles conseguem de nós?

● O que é mais importante para nós?

● Quais são os valores que queremos impulsionar na maneira como fazemos nossos negócios?

● Para onde vemos nossa empresa no futuro?

Estas são questões gerais, intuitivas e frequentemente carregadas de emoção. No início do processo de planejamento estratégico, as pessoas precisam da oportunidade de pensar deliberada e cuidadosamente sobre como responder a essas perguntas.

Após responder as questões supracitadas dá-se início a segunda fase, que é o planejamento de longo prazo. Este em vez de ser intuitivo, torna-se muito analítico.

Durante esta fase o objetivo é compreender como onde sua empresa se encaixa no mercado, quais são seus pontos fortes como organização, onde estão suas limitações e como você se relaciona com clientes e concorrentes.

Também é aqui que ocorre a compreensão do ambiente regulatório, para onde a tecnologia está levando você e como as principais tendências o afetam. Então, é muito analítico e muito mais comparativo.

A terceira e última fase é o planejamento operacional. É aqui que você fica muito prático e específico. Com base em sua intuição e análise, agora você cobre questões específicas que você descobriu.

Durante esta fase, é uma questão de entender o que você realmente tem largura de banda para fazer, para não se comprometer demais.

Para aquelas coisas com as quais você se compromete, agora é a hora de desenvolver seu plano para implementar e executar essas questões com excelência.

Para isso deve-se haver a definição de quem é responsável pelo o que, sob quais diretrizes eles vão funcionar, com quais recursos eles vai ter disponível para eles, e quais marcos ou pontos de revisão você precisa ter ao longo do caminho para garantir que todos estejam dentro do cronograma.

Da mesma forma, você precisa estabelecer como você mudará conforme as circunstâncias externas mudam e estabelecer uma compreensão clara de quais serão as consequências do fracasso ou do sucesso.

Quais as características de um bom planejamento

Um planejamento eficiente tem como um de seus elementos principais a organização, sendo essa feita, como já orientamos, em 3 três etapas distintas mas que se completam.

E para ser considerado um bom planejamento, este deve ser capaz de ajudar os gestores a atingir os objetivos organizacionais. Portanto, existem certas características que este plano deve ter, e que irão sinalizar sua viabilidade.

Ter objetivo claro

O primeiro requisito de um bom plano é que ele se baseie em objetivos claramente definidos. Conforme mencionado acima, o processo de planejamento é utilizado para atingir os objetivos da organização.

Mas se esses objetivos não foram definidos claramente, isso pode resultar em caos e confusão.

Portanto, é muito importante que os objetivos organizacionais sejam definidos com clareza e sejam precisos, concisos e definitivos. Por isso a divisão do projeto em 3 fases, a fim de garantir a eficácia do projeto.

Compreensão adequada

Um planejamento só pode ser implementado de forma eficaz se as pessoas que têm a responsabilidade de executá-lo tiverem uma compreensão adequada do plano.

Por outro lado, se essas pessoas não forem capazes de seguir o planejamento adequadamente ou se não compreenderem realmente as maneiras pelas quais o planejamento deve ser executado, é muito difícil para esses programas implementá-lo com eficácia.

Portanto, é muito importante que o planejamento seja transmitido a todas as pessoas de forma adequada e ao mesmo tempo, fazendo esclarecimentos se necessário.

Abrangente

Outra característica importante é que o planejamento deve ser capaz de abranger todos os aspectos do negócio, para que os objetivos sejam alcançados de maneira adequada.

As diferentes partes do planejamento devem se encaixar e o propósito, bem como o cronograma do plano, devem ser arranjados de forma que a coordenação necessária possa ser alcançada.

Flexível

Um bom planejamento também deve ser flexível para que possa lidar com quaisquer mudanças que possam surgir no futuro.

Não é possível prever o futuro com precisão e, portanto, sempre há chances de que tais mudanças ocorram no futuro, o que pode ter uma influência na eficácia do plano.

Portanto, um planejamento flexível é capaz de lidar com essas mudanças e fazer os ajustes necessários.

Além disso, é muito importante que o planejamento seja amplo o suficiente para acomodar quaisquer mudanças que possam surgir no futuro sem comprometer seus objetivos principais.

Portanto, os gerentes devem sempre ter em mente os perigos que a rigidez pode trazer para seu projeto, devendo esses apostar na flexibilidade quando ela se fizer necessária.

Econômico

Por último e não menos importante, um bom planejamento deve ser o mais econômico possível, levando-se em consideração os recursos que a organização disponibiliza.

O que é o modelo SMART?

O modelo Smart ou método Smart consiste em estratégias que visam otimizar seu projeto, tornando as metas específicas e realistas.

As dicas que te demos ao longo deste post estão sustentadas neste modelo, e se implementadas corretamente, tem o potencial de impedir que seu projeto fracasse miseravelmente.

Este modelo ajuda a impulsionar você ainda mais, te dando um senso de direção que te ajuda a organizar e alcançar seus objetivos.

Plano de ação na prática

Então, eis que você desenvolveu todo o escopo do projeto e agora falta colocar a mão na massa.

É aqui que o plano de ação irá te ajudar a se organizar, definindo um cronograma das ações que precisam ser tomadas, a fim de atingir seus objetivos.

Este elemento dialoga com a terceira fase do planejamento estratégico, a de planejamento operacional, onde serão tomadas as ações que visam, geralmente, a finalização do projeto, o alcance das metas dentre outras medidas.

Persistência e foco: as melhores armas para concretizar seus projetos

Mesmo que você siga todas as dicas que descrevemos ao longo deste post, se em algum no meio do caminho lhe falta persistência e foco, pode ter certeza que você provavelmente irá morrer na praia.

Isso porque independentemente do que você faça, seja no meio organizacionais ou em outra área, em algum momento as coisas podem vir a dar errado, não saindo como planejado.

E é nestes momentos que persistência e foco se tornam fundamentais para a conclusão de seu planejamento.

O foco e a persistência são características que lhe irão permitir que consiga analisar de modo eficiente os feedbacks em relação ao seu projeto, sejam eles positivos ou negativos.

Assim, mesmo que em determinado momento você perceba que se equivocou em relação a alguma de suas metas você terá ânimo para realinhar seu projeto aprendendo com seus erros, podendo assim otimizar seus resultados.

Portanto, o que faz um projeto não funcionar é a ausência dos elementos que descrevemos ao longo deste artigo como a falta de clareza em relação aos objetivos do projeto como também a falta de persistência e foco, principalmente quando as coisas não saem como planejado.